Google cria centro de promoção de startups

Fonte: Valor Econômico

O Google inaugurará, depois do Carnaval, o seu espaço de promoção de startups no Brasil. Batizada de Campus, a estrutura consiste de um prédio de sete andares há dois quarteirões da Avenida Paulista, onde empreendedores poderão instalar suas empresas, trocar experiências e conversar com possíveis parceiros e investidores.

Esse é o segundo centro do tipo em São Paulo. Em setembro do ano passado, o banco Itaú abriu na cidade um prédio de cinco andares batizado Cubo, onde estão instaladas 50 empresas, como a consultoria Accenture.

O modelo de escritórios colaborativos para startups é comum no Vale do Silício e é considerado uma ferramenta importante no amadurecimento do ambiente de negócios. A ideia é que um ponto de encontro ajude na criação de novas empresas. Um dos casos de sucesso é o aplicativo israelense Waze. Depois de frequentar o Campus e inciativas semelhantes da Microsoft e do Facebook, a companhia foi comprada pelo Google em 2013 por cerca de US$ 1 bilhão.

O comando do Campus no Brasil ficará a cargo do mineiro André Barrence, que até o ano passado estava à frente do Seed, uma iniciativa do governo de Minas para incentivar startups. “Em um momento econômico como o atual, o empreendedorismo virou uma opção. E o que queremos é fomentar iniciativas com alcance global, que gerem empregos de alta qualificação”, disse.

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O Brasil é o sexto país a receber uma unidade do Campus. A inciativa foi criada em Londres, em 2012 e, de lá pra cá, desembarcou em Tel-Aviv, Madri, Seoul e Varsóvia. Segundo Bridgette Beam, responsável pelas operações do Campus, no ano passado, as empresas que passaram pelo programa criaram cinco mil empregos.

Ela conta que o alvo do Campus são empresas em estágio inicial de desenvolvimento. “Normalmente, elas chegam com uma ou duas pessoas e quando atingem 10 a 12 começa a fazer sentido sair e procurar um espaço maior”, diz. O tempo médio de permanência é de cerca de seis meses.

As startups não tem gastos para se instalar no Campus. O Google é responsável por toda a estrutura – em São Paulo, uma área de 2,6 mil m2, com dois espaços para eventos, mesas para 150 pessoas, estacionamento para bicicletas e vestiário.

As startups interessadas em ter espaço no Campus podem se inscrever em um site especial criado pelo Google. O Google não cuida diretamente da seleção e da gestão das empresas instaladas. Isso é feito por parceiros. No Brasil, o responsável ainda não foi escolhido.

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Aclamadas pela comunidade científica, as Deep Techs estão sob o mesmo guarda-chuva de empresas criadas a partir de disrupções em áreas como biotecnologia, engenharia e arquitetura de dados, genética, matemática, ciência da computação, robótica, química, física e tecnologias mais sofisticadas e profundas. São startups que propõem inovações significativas para enfrentar grandes problemas que afetam o mundo.

 

Por mais que tentar chegar a uma definição possa parecer um exercício bastante ousado, quando falamos de uma área de tamanho conhecimento e aplicação, negócios que se enquadram dentro deste conceito, tratamos de soluções com alto valor agregado, que irão impactar positivamente não só um grupo determinado específico de pessoas, mas que podem mudar o mundo.

 

Para fomentar ainda mais o setor e auxiliar nesse crescimento, o Delta Capital abriu inscrições para selecionar Deep Techs. A chamada inicia dia 22/11 e vai até 10/12, não perca tempo e inscreva-se aqui!

 

 Em breve conheceremos as iniciativas selecionadas.