Mercado de IoT no Brasil – Felipe Plets

Há poucos dias apresentei o Farol, uma plataforma para desenvolvimento de soluções contextuais utilizando Internet das Coisas à um grupo de investidores. Dentre os tópicos do meu pitch, falei sobre termos clientes fora do país e de ter uma estratégia clara de internacionalização. Um dos principais feedbacks que recebi foi “Fazem muito bem em ter uma estratégia de internacionalização, pois infelizmente IoT é um conceito que só vai ser entendido e adotado no Brasil depois que o assunto já tiver esfriado no resto do mundo”. Dentre todos ótimos feedbacks, esse é um dos quais já temos experiência na Menvia, porém eu nunca havia me dedicado a pensar sobre este assunto tanto quanto o fiz depois deste feedback e gostaria de compartilhar com você.

Primeiramente é necessário entender que a Internet das Coisas é baseado em 3 componentes básicos, a internet (rede), a coisa (dispositivo) e necessidades. Dispositivos e redes são caros e ainda escassos no Brasil, o que deixa a adoção mais lenta e por tanto é um ponto de reflexão, porém o custo deve ser sempre medido baseado no retorno do investimento, sendo assim deve se entender quais são as necessidades que tornam a Internet das Coisas interessante para o nosso mercado, algumas verticais onde é claro que a Internet das Coisas pode trazer um grande avanço e um bom retorno do investimento por aqui são:

  • Agroindústria (ex.: plantações inteligentes com otimização no uso de recursos)
  • Segurança (ex.: rastreamento de veículos )
  • Medicina (ex.: Atendimento remoto eficiente, exames simplificados e de menor custos)

Minha conclusão é que IoT é um mercado atraente e de grande potencial no Brasil. A questão de adoção recai mais sobre você ter o produto certo, que atinja a necessidade do mercado brasileiro ao invés de copiar estratégias feitas em outros países e que muitas vezes resolvem problemas reais, mas que no Brasil ainda não são os problemas mais latentes, por exemplo fazer entregas por drones pode ser muito legal, mas existem outros problemas de espaço aéreo e transporte que tem maior necessidade de serem resolvidos a curto prazo por aqui.

Para corroborar com meu otimismo do mercado brasileiro de IoT, a IDC publicou recentemente um estudo de que serão movimentará US$ 4,1 bilhões no Brasil em 2016.

Pense sobre isso, construa, inove e compartilhe 😉

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